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A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) apresenta hoje (27) seu mais novo programa: UEMA Pesquisa, um espaço para a divulgação de pesquisas e publicações científicas de acadêmicos e professores. O programa será mensal e poderá ser acompanhado através de nossas redes sociais: instagram, twitter youtube e facebook.

Instagram post live simples amarelo e branco (1)Os professores da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Jackson Ronie Sá-Silva e Marcos Eduardo Miranda Santos, ambos do Departamento de Biologia, publicaram artigo na revista internacional Children and Youth Services Review, com Qualis CAPES A1.

Com o título “Ciência médica e pedofilia: conhecimentos, discursos e representações da pedofilia em livros médicos de 1910 a 1990 em uma biblioteca pública brasileira”, a pesquisa é fruto de uma pesquisa documental desenvolvida com o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) da Uema, por meio de uma bolsa concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“A pesquisa abordou o tema da pedofilia no campo da educação. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa documental educacional em que foram investigados livros médicos de 1910 ao início dos anos 2000 sobre a pedofilia para compreender os discursos médicos, psicológicos, psiquiátricos e educacionais sobre a pedofilia e o pedófilo”, explicou o Prof. Dr. Jackson Ronie Sá-Silva.

A pesquisa elucida a intrincada relação entre o discurso médico e as percepções sociais sobre pedofilia. Ao reconhecer as mudanças históricas e os desafios atuais, os formuladores de políticas e os profissionais podem desenvolver estratégias mais informadas para lidar com a pedofilia e proteger crianças e adolescentes.

Para o Prof. Dr. Marcos Eduardo Miranda Santos, esse estudo gerou contribuições para uma reflexão crítica sobre a complexidade do tema da pedofilia na contemporaneidade. “Compreender a arqueologia dos saberes construídos em torna da pedofilia, em especial no campo médico e psicológico, bem como conhecer de que forma os diversos campos do conhecimento têm entendido essa questão podem contribuir no debate e mitigação dessa problemática. Além disso, nossas conclusões permitem insights para educadores e formuladores de políticas educacionais possam abordar esse tema em sala de aula e garantir a proteção da infância e adolescência”, destacou ele.

Acesse a publicação AQUI.

Por: Paula Lima

A pesquisa “Abundância relativa e padrões de uso do habitat da Guariba da Caatinga (Alouatta ululata)”, da mestranda em Biologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Celene

WhatsApp-Image-2024-03-28-at-13.20.30Sousa Carvalho, promove dimensões significativas na discussão sobre a conservação, reprodução e riscos de ameaças dos primatas na região de Humberto de Campos/MA.

O estudo realizado no período de 2021 a 2024, faz parte de uma vasta programação de incentivo à pesquisa na Uema, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade (PPGECB-PPG), com o apoio do Laboratório de Biodiversidade Molecular (Labmol).

“Me interessei por esta espécie porque estes animais foram descobertos na região há 112 anos (1912), pelo naturalista americano, Daniel Eliot, e desde então, não houve nenhum outro estudo com esses primatas em todo o estado”, esclareceu Celene.

WhatsApp-Image-2024-03-28-at-13.19.13Conforme explicou a pesquisadora, esta é uma espécie endêmica do nordeste do Brasil, distribuída nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará, concentrada na Caatinga e parte do Cerrado, e no município são encontrados em áreas de transição da floresta amazônica com manguezais. A Guariba da Caatinga é categorizada na lista de animais em perigo de extinção pela IUCN (Do Inglês: União Internacional para a Conservação da Natureza).

O trabalho tem como objetivo avaliar a abundância relativa e os padrões de uso do habitat da Guariba da Caatinga no município de Humberto de Campos, local em que esses indivíduos foram encontrados, visando entender os impactos na distribuição do habitat, densidade populacional e medidas de conservação.

WhatsApp-Image-2024-04-01-at-22.07.29-scaled“Pretendemos mapear a localização geográfica da espécie no estado e avaliar seu status de conservação de acordo com os critérios da IUCN, bem como analisar os efeitos da fragmentação do habitat, com base nos resultados. O município se mostrou uma importante área para a conservação desses primatas e outros animais que também habitam na região, como o Peixe-boi, a Preguiça, o Macaco-prego, o Quati e outros”, disse Celene.

A mestranda explicou, também, que o resultado dos trabalhos mostrou uma quantidade média de 6.1 indivíduos a cada 10km percorridos às margens do rio Mapari, o que ressalva a importância da preservação da área para a perpetuação da população que já corre grande risco de desaparecer da natureza.

“Hoje, podemos calcular em torno de 4 mil animais maduros em idade de reprodução. E, mesmo com as ameaças de extinção, a floresta ainda apresenta grande probabilidade de conservação, se as autoridades competentes tomarem as devidas providências para impedir o desmatamento, a caça ilegal e as queimadas nas reservas, onde eles residem”, afirmou.

O projeto de Celene Carvalho, deu-lhe o privilégio de ser escolhido, em julho de 2023, a única pesquisadora do nordeste do Brasil para apresentar a pesquisa sobre Primatas da Fauna Maranhense no 13º Congresso Internacional de Mastozoologia, no Alasca/EUA.

A pesquisa, que passou por seleções internacionais, extremamente concorridas e complexas, foi subsidiada por duas renomadas instituições americanas de fomento à ciência, pesquisa e conservação da biodiversidade (Primate Conservation inc e Re:Wild).

Por: Alcindo Barros

                              

Um estudo liderado por pesquisadores brasileiros revela uma realidade alarmante para os répteis que habitam solos arenosos em regiões áridas. Contrariando suposições anteriores, o aumento das temperaturas previsto para as próximas décadas pode representar uma ameaça significativa para essas espécies, colocando algumas delas à beira da extinção.

Publicado recentemente no Journal of Arid Environments, o estudo ganhou destaque na comunidade científica e foi destacado na Revista da FAPESP. A pesquisa, conduzida por Júlia Oliveira durante seu mestrado na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), sob a orientação da pesquisadora Thaís Guedes, aborda a biogeografia e a conservação de répteis adaptados a solos arenosos.

O estudo integra o projeto “Evolução e biogeografia da herpetofauna: padrões, processos e implicações para a conservação em cenário de mudanças ambientais e climáticas”, coordenado por Thaís Guedes, pesquisadora sênior do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) Campus Caxias, professora do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) e orientadora de Júlia Oliveira.

Contrariando a crença anterior de que essas espécies se beneficiariam com o aumento das temperaturas, a pesquisa aponta que as mudanças climáticas representam uma ameaça significativa para sua sobrevivência. Com base em dados de ocorrência de dez espécies de lagartos e serpentes adaptadas a esses ambientes, o estudo revela que o aumento das temperaturas pode levar à extinção de algumas espécies e à redução ou deslocamento de áreas adequadas para outras.

“Observamos que as mudanças climáticas vão alterar a distribuição geográfica dos répteis e provocar a extinção de algumas espécies, o oposto do que se pensava”, resume Júlia Oliveira.

As espécies estudadas possuem adaptações específicas para sobreviver em solos arenosos, como patas reduzidas ou ausentes e olhos reduzidos. Portanto, a disponibilidade de áreas adequadas para sua sobrevivência depende não apenas das condições climáticas, mas também das características do solo.

Para os pesquisadores, os resultados são preocupantes, especialmente porque a ameaça representada pelas mudanças climáticas tem sido negligenciada para os répteis que vivem enterrados em solo arenoso.

Diante desse cenário, os pesquisadores defendem a ampliação de unidades de conservação de proteção integral adequadas a esse grupo de animais e ressaltam a importância de ações urgentes para mitigar os impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade.

Acesse o artigo AQUI!

Por: Karla Almeida

WhatsApp-Image-2024-03-22-at-11.01.49-1-1024x753O estudo do biólogo Anderson Franzoni Marques Melo, mestrando da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade (PPGECB), e sua equipe, que desenvolvem a pesquisa “Estrutura da comunidade de primatas não humanos em remanescentes florestais de São Luís-Ma”, pode dar um novo destino a esses animais residentes nos Parques Itapiracó e Rangedor, na capital maranhense.

Com uma população estimada nas duas áreas, em aproximadamente 50 indivíduos, entre macacos capijuba, macacos prego e, também, preguiças, a pesquisa aponta que a presença de humanos nesses locais, inclusive acompanhados de cães e gatos, hoje transformados em espaços de concentração pública, traz grandes prejuízos para a vida pregressa desses primatas com desafios para se desenvolverem no ambiente.

                                                   

O pesquisador explica que, neste primeiro momento, o estudo visa estimar a densidade, riqueza e tamanho populacional, bem como a importância de investigar os padrões de distribuição espacial desses animais, além de identificar os principais fatores de ameaça nas áreas do município de São Luís. “Isto significa uma base de estudos futuros para sabermos o grau de perturbação humana e antropização nas áreas em que eles estão”, disse Anderson.

Ele ressalta, ainda, que o levantamento sugere que os órgãos públicos competentes aumentem a fiscalização e sigam a legislação de conservação do ambiente para que os animais vivam melhor, consequentemente, aumentando sua variabilidade genética.

Os primatas compõem um grupo ecológico relevante para as florestas ambientais, atuam na dinâmica florestal, através da dispersão de sementes e comportamento frugívoro, auxiliando na manutenção das matas nativas, além de serem indicadores de qualidade ambiental. “Algumas das ameaças que os rodeiam são a perda do habitat, comércio ilegal, doenças infecciosas e mudanças climáticas”, esclarece o pesquisador.

                                                                         

Anderson declara que a perda de habitat e a fragmentação levam essas populações ao declínio em fragmentos pequenos e isolados, causando efeitos genéticos e sociais negativos, restrição de recursos alimentares e maior exposição de caça. “Levando em consideração a insuficiência de dados para estudos em primatologia no município de São Luís, há uma lacuna de conhecimento no que se refere a abundância destas espécies em nível de extinção, além da compreensão da funcionalidade biológica para com as áreas onde elas ocorrem”, conclui o mestrando.

O estudo tem como coorientadora geral a Profa. Dra. Lígia Tchaicka, o apoio do seu orientador Prof. Dr. Adrian Paul Ashton Barnett, e da equipe formada por Celene Carvalho (mestranda), Iasmin Castro (graduanda), Jhuliane Muniz (graduanda), Thiago de Jesus (graduando) e Felipe Cantanhede (graduando). Agregado ao LABImol, GGC (Grupo de Estudo em Genética, Taxonomia e Conservação da Biodiversidade), COFauMA (Coleção de Tecidos e DNA da Fauna Maranhense) e GRAMPRIMATAS (Grupo de Estudos Ambientais com Primatas do Maranhão).

Por Alcindo Barros

Fotos do Pesquisador

Realizada pela pesquisadora Raysa Valéria Carvalho Saraiva, com orientação do Prof. Dr. Tiago Massi Ferraz e a coorientadora Profa.Dra.Francisca Helena Muniz (UEMA)

A Cobertura do Cerrado no Estado do Maranhão é de cerca de 65%. Embora haja considerável número de publicações sobre o Cerrado maranhense, há escassez de dados sobre a flora de unidades de conservação, especialmente quanto a estrutura do estrato herbáceo-arbustivo, o que implica em dificuldades para estabelecimento de planos de manejo e obtenção de referências para restauração ecológica.

“ A ideia inicial do estudo partiu do grupo de pesquisa do meu orientador Prof. Dr. Tiago Massi Ferraz, que já desenvolvia pesquisas no Parque Nacional da Chapada das Mesas, no município de Carolina, juntamente com o Professores Dr. José Roberto Sousa e Dr. Fábio Figueiredo. Visando subsidiar trabalhos de Ecologia e Conservação , foi percebida a necessidade de caracterizar as fisionomias da vegetação e estabelecer padrões biogeográficos, com análises estatísticas multivariadas,”afirma a pesquisadora Raysa Valéria Carvalho Saraiva.

Especificamente, foram trazidos dados sobre o Cerrado do Maranhão (o bioma que tem maior cobertura vegetacional no Estado, cerca de 65% do território), que infelizmente é um dos atuais alvos de projetos agropecuários que geralmente resultam em perdas de área de vegetação nativa. O Cerrado do Parque Nacional da Chapada das Mesas é considerado ecotonal (ou transicional) por apresentar posicionamento geográfico na porção Sudoeste da área de Cerrado do Maranhão, onde faz fronteira com a Floresta Amazônica; e a presença de altitudes inferiores à do Cerrado do Planalto Central brasileiro permite que barreiras biogeográficas na distribuição de espécies sejam ultrapassadas e dessa forma possa haver maior troca entre espécies de vegetações adjacentes nesta região.

“É importante lembrarmos que estamos trazendo contribuições para o Cerrado, bioma conhecido como um “hotspot” para conservação mundial, por ser um ecossistema ameaçado com grande número de espécies endêmicas”, ressalta.

Essas características conferem potencial para abrigar espécies raras ou com menor distribuição nas áreas de Cerrado brasileiro e contribuíram para identificação da região como de elevada importância biológica, através de cálculo em estudo realizado pela organização WWF Brasil e o Ministério do Meio Ambiente brasileiro. Na pesquisa apresentada a descrição das novas espécies, Dyckia maranhensis Guarçoni & Saraiva e Ipomoea maranhensis D. Santos & Buril enfatizaram a importância biológica da área.

Para os próximos passos da pesquisa será feita a submissão de um manuscrito sobre fitossociologia e os resultados da interação planta-solo “ Estão em andamento pesquisas financiadas sobre Ecologia e efeito do fogo nas áreas de Cerrado do parque sob a coordenação do Prof. Tiago Massi Ferraz e equipe de pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente e em Agroecologia da UEMA.” conclui a pesquisadora.

O trabalho foi apresentado em três artigos que saíram neste ano de 2020 nos periódicos científicos Systematic Botany, Phytokeys e Annals of Brazilian Academy of Sciences. Confira abaixo os artigos completos:

– Cerrado physiognomies in Chapada das Mesas National Park ( Maranhão , Brazil) revealed by patterns of floristicsimilarity and relationships in a transition zone. Acesse aqui  https://www.scielo.br/pdf/aabc/v92n2/0001-3765-aabc-92-02-e20181109.pdf

– Dyckia maranhensis (BROMELIACEAE,PITCAIRNIOIDEAE), A NEW SPECIES FROM THE CERRADO OF MARANHÃO, NORTHEASTERN BRAZIL. Acesse aqui. l  https://bioone.org/journals/Systematic-Botany/volume-45/issue-1/036364420X15801369352289/Dyckia-maranhensis-Bromeliaceae-Pitcairnioideae-a-New-Species-from-the-Cerrado/10.1600/036364420X15801369352289.short

– A threatened new species of Ipomoea (Convolvulaceae) from the Brazilian Cerrado revealed by morpho-anatomical analysis. Acesse aqui https://phytokeys.pensoft.net/article/49833/

A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) apresenta na segunda edição do UEMA Pesquisa, o trabalho: “Taxonomia de Leptophlebiidae Banks.1900 (Insecta: Ephemeroptera) para o Estado do Maranhão,” pesquisa desenvolvida pelo mestrando Stênio Raniery de Sousa Nascimento, orientador Carlos Augusto Silva de Azevedo e coorientador Lucas Ramos Costa Lima.

Os efemerópteros (Ephemeroptera) são uma ordem de insetos aquáticos, popular e  presentes no mundo todo, exceto na Antártida. Na pesquisa apresentada uma lista de verificação e novos registros de Leptophlebiidae (Ephemeroptera) foram apresentados para o estado do Maranhão, região Nordeste do Brasil. Foram identificados 15 gêneros e 20 espécies de Leptophlebiidae , sendo que no Maranhão aumentou de três para 21 o número de espécies.

“A ideia inicial do estudo se deu pelo fato de ocorrer poucos trabalhos sobre a ordem Ephemeroptera no estado do Maranhão e se tratando da família Leptophlebiidae até então só existia o registro de uma única espécie. A maioria dos estudos publicados para o Maranhão são ecológicos e os dados apresentados na sua grande maioria chegam somente até nível genérico,” ressalta o pesquisador Stênio Raniery.

Essa baixa representatividade está relacionada ao pequeno número de pesquisadores taxonomistas no Estado o que acaba gerando baixo conhecimento sobre a diversidade de Ephemeroptera tanto para a região Nordeste quanto para o Maranhão.

“Para a realização deste estudo tivemos a colaboração do pesquisador especialista Prof. Dr. Lucas Ramos Costa Lima da UESPI de Campo Maior para auxiliar na identificação das espécies.Para as coletas em campo tivemos o auxílio de pesquisadores do Laboratório de Entomologia Aquática – LEAq do CESC UEMA.”

Com a realização da pesquisa e os trabalhos publicados foi possível colocar o estado do Maranhão em evidência sobre o conhecimento da família Leptophlebiidae como também para a ordem Ephemeroptera. Foi possível descrever espécies novas e estágios de vida desses insetos ainda desconhecidos. Novos registros foram publicados para o estado do Maranhão,para a região Nordeste e para o Brasil.

“O próximo passo é publicar mais três espécies novas para o Estado, uma delas referente ainda a pesquisa da dissertação, onde já se encontra em processo de publicação. As outras duas foram encontradas nesse ano de 2020 e ainda está em processo de descrição e elaboração do manuscrito. Eu fui aprovado recentemente para o curso de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Entomologia) pelo INPA onde vou da continuidade as pesquisas relacionadas a ordem Ephemeroptera. Esta pesquisa sem dúvida servirá de ponto de partida para futuros trabalhos de taxonomia, sistemática, ecologia entre outras áreas de pesquisa  ,”conclui o pesquisador.

Confira os artigos completos publicados:

– A new species of Traverella Edmunds, 1948 (Ephemeroptera: Leptophlebiidae) from Brazil https://doi.org/10.11646/zootaxa.4619.1.12

– Description of the nymph of Thraulodes sternimaculatus Lima, Mariano & Pinheiro, 2013 (Leptophlebiidae: Ephemeroptera) from Northeastern Region of Brazil https://doi.org/10.11646/zootaxa.4683.2.7

– The nymph of Hermanellopsis arsia Savage & Peters, 1983 (Ephemeroptera: Leptophlebiidae) from Brazilian Northeastern Region

https://doi.org/10.11646/zootaxa.4768.4.10

– Leptophlebiidae Banks, 1900 (Insecta, Ephemeroptera) from Maranhão state, Brazil https://doi.org/10.15560/16.3.579

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Por: Priscila Abreu

O Uema Pesquisa desse mês apresenta o Projeto ” A poética da Desaceleração na ficção Distópica Fahrenheit 451, de Ray Bradbury,” da aluna Andressa Silva Sousa com orientação do Prof. Dr. Emanoel Cesar Pires de Assis do Programa de Pós Graduação em Letras.

O estudo faz uma interessante reflexão sobre como a evolução tecnológica impôs à sociedade um status incessante de urgência e rapidez e como as relações humanas estão, hoje, pautadas por uma cultura da velocidade.

“A ideia surgiu durante o cumprimento dos créditos da disciplina “Literatura e outras Mídias”, do curso de Mestrado em Letras da UEMA (Teoria Literária). A disciplina foi ministrada pelo meu orientador, Dr. Emanoel César Pires de Assis, que apresentou-nos a obra Fahrenheit 451(1953) em uma de suas aulas. A leitura inicial feita por ele me chamou bastante atenção, aguçando a minha curiosidade. Decidi comprar a obra e lê-la. Li e amei. Ao final da disciplina, resolvi escrever o artigo final baseado nela. Assim, esse trabalho de conclusão da disciplina serviu de protótipo para a construção da Dissertação, posteriormente,”afirma a mestranda Andressa Silva.

A Literatura, agindo contra a tirania da efemeridade contemporânea, revela aquilo que eles denominam de poética da desaceleração, demonstrando como Guy Montag e Clarice McClellan, personagens do romance de Ray Bradbury, aos poucos descobrem que é necessário, em meio ao turbilhão de eventos que acontecem praticamente ao mesmo tempo, aprendem a (re)olhar o mundo e as relações humanas.

Segundo a pesquisadora, a perspectiva escolhida para análise da obra possibilitou compreendê-la enquanto crítica à forma de viver do homem moderno e das consequências deletérias desse modo de existir. Considerando, portanto, que “ser moderno” significa, essencialmente, “ser incapaz de parar”, como afirmou Bauman (2001, p. 38); o estudo da obra “Fahrenheit 451″ (1953) torna-se relevante por seu caráter atual, confirmado ainda mais nesse contexto de pandemia.

Ao admoestar seus leitores acerca da lógica irracional do movimento acelerado e irrefreável em que a humanidade se lançou desde a modernidade capitalista, agudizado na contemporaneidade, a obra convida-os a desacelerar, movendo-se pela libertação dos efeitos de barbárie nesse sistema sócio-político-econômico. A obra de Bradbury ergue-se, ao mesmo tempo, como um Elogio à Literatura. Pois enquanto arte que se comunica através de uma linguagem não-imediata (FILHO,2007), toda obra literária carrega, em si, como potência, a Poética da Desaceleração -que é o ler-caminhar -, tão necessária para desviar o homem contemporâneo do ritmo frenético que o escraviza.⠀

“Atualmente, temos somente o artigo inicial publicado que foi escrito ao final da disciplina e encontra-se no e-book ” Literatura, Imagem e Mídias “, lançado pela Editora UEMA, neste ano. Recentemente, enviamos outro artigo para uma Revista, porém, ainda está em análise.⠀Temos a intenção de publicar mais artigos sobre a pesquisa em Revistas e, posteriormente, lançar um livro. Ademais, queremos aprofundar nosso olhar sobre pontos que não foram analisados na Dissertação e continuar desenvolvendo a pesquisa em uma possível tese de doutorado.”conclui a aluna.

Confira aqui para o artigo completo.

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Por Priscila Abreu

O Uema Pesquisa desse mês apresenta o Projeto: Biomarcadores e biossensores como subsídio ao monitoramento ambiental do complexo industrial e portuário de São Luís-MA, da discente Débora Batista,  com a orientação da professora Raimunda Fortes do Departamento de Biologia/Ecotoxicologia Aquática da Uema.

A pesquisa envolve também a participação de estudantes de iniciação científica da UEMA, mestrandos PPGRAP/UEMA, doutorandos da rede BIONORTE, professores da Coordenação do Curso de Engenharia Ambiental (UFMA/Balsas), Departamento de Biologia (UEMA/São Luís e UFMA/ São Luís), Coordenação do Curso de Licenciaturas em Ciências Naturais (Biologia)/UFMA/Codó, Departamento de Tecnologia Química (UFMA/São Luís), Departamento de Biologia Celular e Molecular (UFPR) e do Departamento Acadêmico de Biologia (UNIR).

A região industrial e portuária de São Luís tem grande destaque e interesse internacional na movimentação de cargas e a expansão dessa região motivou o estudo do monitoramento biológico realizado historicamente há mais de dez anos na região.A pesquisa levou também a desenvolver um dispositivo biotecnológico (biossensor) que permitirá identificar impactos ambientais com seletividade, relativo baixo custo e facilidade de uso de equipamentos portáteis.

“O conhecimento científico gerado sobre biomarcadores em peixes estuarinos será essencial para a elaboração e/ou aplicação de modelos de avaliação de impactos sobre recursos pesqueiros, contribuindo assim para a elaboração de planos de manejos e monitoramento da região. Além disso, a construção de biossensores iniciará uma nova linha de pesquisa para o Estado do Maranhão, no que diz respeito a detecção de micropoluentes emergentes em amostras ambientais do complexo industrial e portuário de São Luís-Ma,” ressalta a discente Débora Batista.

A pesquisa com os biossensores terá grande aplicabilidade em ações complementares de monitoramento ambiental, pois propiciará a criação de dispositivos com perspectivas reais de serem patenteados possibilitando o desenvolvimento de estações analíticas autônomas integradas remotamente.

Para o futuro da pesquisa espera-se consolidar as linhas de pesquisa na área da ecotoxicologia aquática e dos biossensores, especialmente nos campi da UEMA e UFMA do continente onde já se tem a ocorrência de impactos antrópicos e da vulnerabilidade desses ecossistemas. “ É esperado também o melhoramento de metodologias (biomarcadores e biossensores) e técnicas da biotecnologia ambiental para operar de forma conhecida e previsível, especialmente em ambientes sensíveis como é o caso dos estuários,”conclui a pesquisadora.

O conhecimento produzido na execução do projeto garantirá a formação de recursos humanos que atuarão em uma das linhas de pesquisas mais promissoras e inovadoras atualmente na área de biomonitoramento, resultando no convênio com empresas e órgãos públicos interessados na aplicabilidade dessas metodologias.”

Parte dos resultados da tese gerou o artigo aceito no periódico Ecotoxicology and Environmental Safety – ISSN: 0147-6513 (online), Fator de Impacto: 4,872. QUALIS CAPES A1 (Área: Biotecnologia). Acesse aqui a pesquisa completa.

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Por Priscila Abreu

O Brasil é o país com uma das maiores diversidades vegetais do mundo. Todos os anos, centenas de novas espécies são descritas em nosso país. Geralmente, essas novas espécies são raras e ocorrem em áreas restritas e remotas. Por outro lado, a presença de uma espécie desconhecida para a ciência em grandes centros urbanos é algo bastante incomum. Entretanto, foi o que pesquisadores de São Paulo e Maranhão encontraram.
Uma nova espécie de planta foi descoberta às margens da Avenida Litorânea, ponto turístico de São Luís, capital do Maranhão. Trata-se de Buchnera nordestina, espécie de planta parasita da família Orobanchaceae. A descrição formal da planta foi publicada na semana passada na Acta Botanica Brasilica, revista científica da Sociedade Botânica do Brasil.
A descoberta teve como ponto de partida a análise feita pelo biólogo e doutor em Biologia Vegetal, André Vito Scatigna, nos herbários da Universidade Federal do Maranhão (MAR) e da Universidade Estadual do Maranhão (SLUI). O taxonomista verificou exemplares com características que até então não haviam sido observadas em nenhuma espécie brasileira do gênero: as brácteas (folhas que subtendem as flores) excepcionalmente longas; a superfície do caule coberta por tricomas (pelos) orientados para baixo; e a presença de braquiblastos (ramos encurtados) nas axilas das folhas. Outros exemplares foram encontrados posteriormente em herbários da Universidade Federal do Ceará (EAC), da Universidade de São Paulo (ESA) e do Museu Nacional (R). Neste último, foi encontrado um espécime coletado no Ceará, pelo botânico Dr. Francisco Freire Allemão e Cysneiro, no final da década de 1850!
As etapas seguintes da pesquisa, realizadas em parceria com professores da UEMA, UFMA e USP, incluíram coletas adicionais de exemplares em restinga na Praia do Calhau (São Luís), observação e fotografia das plantas vivas em seu habitat, além de análise em laboratório para elaboração de descrições e medições de caracteres morfológicos. Por fim, foi feita a redação do manuscrito em colaboração.
A nova espécie recebeu o epíteto “nordestina” porque foi registrada exclusivamente na região nordeste brasileira, em áreas de restinga e cerrado dos estados do Ceará, Maranhão e Piauí, principalmente sobre solos lateríticos (ricos em óxidos de ferro e alumínio) úmidos, às vezes muito próximas à praia, expostas ao vento constante e à maresia.
Embora populações de B. nordestina ocorram em restingas, as quais são categorizadas como Áreas de Preservação Permanente, esta espécie está ameaçada devido à redução de seu habitat por interferência antrópica com ações de desmatamento, ocupação e degradação da área.
A descoberta de uma nova espécie com distribuição relativamente ampla e que ocorre dentro de áreas urbanas como São Luís é surpreendente e evidencia a lacuna no conhecimento da flora da região. Além disso, o fato de a primeira coleta da planta ficar cerca de 160 anos sem uma identificação mostra a falta de taxonomistas estudando Orobanchaceae e trabalhando na região.
Nas orlas de São Luís, inclusive no mirante da Litorânea, é possível observar espécimes de Buchnera nordestina crescendo na vegetação das dunas. São ervas com cerca de 10 a 60 cm de altura, com caules e folhas verdes a vináceos, com pequenas flores brancas a rosadas. A espécie floresce entre maio e dezembro, durante a estação seca.
A pesquisa resultou em artigo com autoria do Dr. André Vito Scatigna (UEMA), Drª Raysa Valéria Carvalho Saraiva (UFMA), Arthur Filipe Mendes Couto (UEMA), Dr. Vinicius Castro Souza (ESALQ/USP) e Drª Francisca Helena Muniz (UEMA).
Confira o artigo completo aqui
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Hoje o mogno africano é considerado um bom investimento de longo prazo para aqueles que buscam diversificar seus investimentos. O mogno africano produz uma madeira nobre apreciada no mercado europeu e norte americano. Essa planta tem conquistado cada vez mais as paisagens rurais brasileiras pelo alto valor agregado de seu produto final e a alta produtividade quando a floresta é bem manejada, assim como para recuperaão de áreas degradadas.

Pensando nisso, a Universidade Estadual do Maranhão, por meio do Programa de Pós Graduação em Agricultura e Ambiente, realizou a pesquisa “Modelos para a Implantação de Povoamentos de Mogno Africano para Pequenas Propriedades da Região Oeste Maranhense”. O objetivo foi avaliar os efeitos da consorciação de culturas agrícolas (feijão-caupi, milho e mandioca) sobre a sobrevivência, o crescimento de mogno africano e o impacto econômico e ambiental em área degradada na região citada.

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A pesquisa foi realizada pelo professor Fábio Figueiredo e o orientando Filipe Rezende Lucena, inclusive originando a dissertação do aluno. Especificamente, o trabalho foi voltado para três questões: a recuperação de áreas degradadas, o potencial da silvicultura no estado do Maranhão e o desenvolvimento socioeconômico dos pequenos e médios produtores.

Segundo o Prof. Fábio Figueiredo, “os sistemas agroflorestais apresentam como vantagens o uso múltiplo dos solos, com a diversificação de culturas agrícolas, florestais e animais em um mesmo espaço e ao mesmo tempo, ou de forma alternadas. Essa diversificação contribui para a diversificação da renda bem como para a segurança alimentar da população nas áreas rurais”.

Ele, ainda complementou: “de fato, o uso de espécies florestais para a recuperação de áreas degradadas é uma ótima opção dentro da propriedade e o Mogno africano, espécie de grande valor agregado, além de contribuir com a recuperação do solo é um produto que vai gerar um aporte financeiro para o produtor”.

O projeto teve início em 2018 e foi finalizado em fevereiro de 2021 e aconteceu em uma propriedade rural no município de Porto Franco, região Oeste Maranhense, a aproximadamente 718km da capital São Luís.

A pesquisa foi realizada pelo sistema de produção silviagrícola, na qual foi inserido o modelo taungya, que considera a introdução de culturas agronômicas nos primeiros anos após implantação do cultivo florestal. O trabalho foi composto por três tratamentos: T1 – Plantio convencional (plantio puro de mogno africano); T2 – Sistema taungya composto por mogno africano + milho + mandioca; e T3 – Sistema taungya composto por mogno africano + feijão + milho + mandioca. No primeiro ciclo do tratamento T2 foi plantada a variedade de milho híbrido CD 384PW, e no segundo ciclo a cultura da mandioca jabuti (Manihot suculenta), já para formação do tratamento T3, foi realizado um ciclo com feijão-caupi (Vigna unguiculata), e posteriormente um ciclo com milho e um ciclo com mandioca das variedades já mencionadas, onde as culturas agronômicas tiveram toda produção levada a venda em mercado local. Foram avaliadas as seguintes características para cultura do feijão: produtividade de vagens verdes; comprimento médio de vagem; peso de vagem; número médio de grãos por vagem; produtividade total; massa seca de parte aérea.

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As características observadas para produção de milho verde foram: altura de plantas; produtividade de espiga com e sem palha; peso de espigas com e sem palha; porcentagem de espigas comerciais; comprimento, diâmetro e peso de 20 espigas comerciais por parcela.

Os dados agronômicos para cultura da mandioca foram: estande final, altura de plantas, diâmetro de caule e produtividade de raízes. Foram também analisadas as características químicas, físicas e microbiológicas do solo ao longo de 12 meses. O mogno africano foi avaliada quanto a taxa de sobrevivência, e os dados biométricos para altura (m) e o diâmetro do colo (mm). Durante todo o período avaliativo foram elaboradas planilhas dos custos de implantação dos sistemas, para posterior análise econômica e comparação com as receitas e despesas dos diferentes sistemas de manejo estudados.

Como resultado, os pesquisadores chegaram aos seguintes resultados: O crescimento inicial do mogno africano (Khaya ivorensis) em altura foi superior quando cultivado em consorcio com feijão e milho; houve um aumento na densidade de bactérias totais no solo na área cultivada com feijão.

Além disso, nos sistemas de taungya, o cultivo e venda das culturas agrícolas foram capazes de amortizar em 20,63% e 25,23%, respectivamente para o tratamento 2 (mogno africano + milho + mandioca) e tratamento 3 (mogno africano + feijão + milho), o custo total de implantação e manutenção do plantio florestal no período avaliado. Contudo, ao retirar os custos de atividades manuais para o agricultor familiar, que utiliza mão de obra própria, o consórcio de mogno com milho e mandioca resultou no menor custo final, com uma redução de 65,57% em relação ao cultivo puro.

De acordo, com as dimensões alcançadas pelas plantas de Mogno africano (aos 2 anos), o espaçamento adotado (3×3 metros) permitirá que o consórcio com espécies agrícolas possa ser mantido por mais tempo, o que poderá contribuir com o aumento da amortização do investimento inicial.

“A UEMA tem papel fundamental no desenvolvimento da agricultura maranhense. Além dos cursos de graduação em Agronomia, Zootecnia e Veterinária, temos os Programas de Pós Graduação em Agricultura e Ambiente no Município de Balsas, o de Agroecologia, o Ciência Animal e o Defesa Sanitária Animal em São Luís. E de fato os pesquisadores da UEMA tem desenvolvido grandes e importantes trabalhos para o benefício da sociedade maranhense”, finalizou o professor.

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Sobre a madeira do mogno africano

É muito usada na produção de móveis. Muitos apreciam o material pela facilidade com que é trabalhado, pela estabilidade e duração. Depois de polida, a madeira apresenta um aspecto castanho-avermelhado brilhante que chama atenção pela beleza. O mogno é usado em mobiliário de luxo, objetos de adorno, painéis, acabamentos internos, entre outros. E aproveitado também na produção de instrumentos musicais, principalmente em guitarras e violões, pelo timbre característico e ressonância sonora, que tende ao médio-grave.

Por: Paula Lima

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que acidentes causados por serpentes venenosas são considerados sérios problemas de saúde pública que acomete mais de 5 milhões de pessoas anualmente no mundo, provocando óbitos e um elevado número de vítimas que sobrevivem mas permanecem com sequelas funcionais. Além de ser considerada uma doença tropical negligenciada. O estado do Maranhão possui a segunda maior incidência de acidentes por serpentes venenosas na região nordeste e está em 4ª posição em nível nacional.

Diante dessa realidade, a aluna Sâmia Caroline Melo Araújo mestranda do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde do Campus Caxias da Universidade Estadual do Maranhão (PPGBAS/UEMA) desenvolveu a pesquisa intitulada “Use of geospatial analyses to address snakebite hotspots in mid-northern Brazil – A direction to health planning in shortfall biodiversity knowledge áreas”, em português, “Uso de análises geo-espaciais para abordar áreas de risco de acidentes ofídicos na região meio-norte do Brasil – Uma direção para o planejamento em saúde em áreas com lacuna no conhecimento sobre a biodiversidade”, sob a orientação da professora Dra. Thaís Guedes, pesquisadora Sênior do PPGBAS/UEMA.A pesquisa (publicada no jornal científico Toxicon) contou com os seguintes objetivos: Produzir mapas de distribuição potencial das serpentes venenosas no Maranhão a partir de informações de distribuição das espécies, dados ambientais e climáticos que foram analisados com um algoritmo matemático que nos permite prever onde as espécies poderiam ocorrer e ainda não foram registradas no estado; utilizar números reais dos acidentes por serpentes venenosas que ocorreram ao longo de uma década no estado e analisá-los levando em consideração a densidade populacional de cada município maranhense; e identificar as regiões do estado mais vulneráveis a acidentes ofídicos a partir da produção de mapas de risco desse tipo de acidente.

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De acordo com a professora Thaís Guedes, “percebemos o problema dos acidentes por serpentes venenosas de importância médica como um problema complexo que exige uma abordagem ecológica, social e de saúde integradas. Com isso, os mapas de risco de acidentes ofídicos de alta resolução constituem ferramenta sólida para os setores da política regional de saúde orientarem estrategicamente programas de prevenção e assistência às comunidades em áreas de maior risco, com o fortalecimento dos sistemas de saúde, capacitação profissional, disponibilidade de soros antiofídico e instalações e equipamentos adequados em caso de envenenamento grave (por exemplo, ventilação mecânica)”.

“O desenvolvimento dessa pesquisa demonstra que o PPGBAS/UEMA vem se consolidando como um programa formador de profissionais habilitados para o ensino e a pesquisa, comprometidos com uma visão interdisciplinar e com os processos de melhoria dos índices de desenvolvimento humano da região. Este estudo demonstra o comprometimento do PPGBAS e da UEMA com a pesquisa para a melhoria da qualidade de vida e saúde da população Maranhense”, enfatizou a professora Thaís Guedes.RESULTADOS

Os resultados apontam que os mapas de distribuição potencial apresentaram informações sobre a biodiversidade (de espécies de serpentes venenosas) em uma área pouco amostrada e geraram mapas de risco de alta resolução que destacaram populações humanas vulneráveis para acidentes com serpentes venenosas. Essas informações se enquadram em uma meta específica da estratégia da OMS para reduzir a mortalidade por acidentes ofídicos.

Além disso, foi identificada no Maranhão uma lacuna na disponibilidade de postos de saúde qualificados para atender vítimas de acidentes ofídicos (polos de soro) em áreas de alto risco (região oeste do estado). Portanto, para evitar a morte e incapacidade causada por picadas de serpentes, foi sugerido alocar mais unidades de saúde qualificadas em áreas de maior risco para acidentes ofídicos, com soros antiofídicos. E ainda, é de extrema importância à educação da comunidade para a prevenção de acidentes e a realização de primeiros socorros adequados.

Por: Karla Almeida

Profa.QuesiaProfessora e pesquisadora da Universidade Estadual do Maranhão, Profa.Dra. Quesia da Silva, desde 2019, faz parte de um grupo nacional, que trabalha em prol de um único Sistema Brasileiro de Classificação de Relevo (SBCR). O objetivo é desenvolver um sistema único de classificação do relevo utilizável em todo o país que permita uma linguagem comum e uma padronização, estruturação e recomendação da sua representação; além de gerar padronização da cartografia geomorfológica no Brasil e estabelecer conceitos, limites e aplicações do SBCR.

A iniciativa surgiu durante o XVIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada, realizado na cidade de Fortaleza (CE), em junho de 2019. Dentro da programação aconteceu o primeiro Workshop de Cartografia Geomorfológica, organizado pela União da Geomorfologia Brasileira (UGB).

Neste evento, a comunidade científica especialista se reuniu com o objetivo de tratar das premissas e avanços da representação do relevo brasileiro. O momento foi considerado histórico, pois pela primeira vez, geógrafos interessados na temática da cartografia geomorfológica se reuniam em um fórum específico para discutir sobre o assunto.

“Foi percebido, então, que há um número significativo de trabalhos científicos no Brasil cujos autores elaboram sua própria metodologia de mapeamento geomorfológico, inspirados ou não, em metodologias pré-existente, como a do próprio IBGE, com adaptações ou não, dificultando ou impossibilitando a comparação entre diferentes áreas, e a articulação de mapas de áreas contíguas, ainda que elaborados na mesma escala. Tais questões, então, foram levantadas e sua importância reconhecida pela plenária, que concordou com a necessidade de se estabelecer normas e critérios para representação do relevo brasileiro”, disse a professora.

Workshop 2019Nasce, assim, a proposta de criação de um Sistema Brasileiro de Classificação de Relevo (SBCR), por parte do IBGE, que se encontrava presente na plenária daquele Workshop. O Instituto, assumindo seu papel de órgão responsável pelos mapeamentos sistemáticos dos recursos naturais do país, se prontificou para sediar um encontro, reunindo geomorfólogos e especialistas da área, para debater e definir as diretrizes para construção desse Sistema.

Para que a proposta fosse levada à frente foi realizado o I Workshop sobre o Sistema Brasileiro de Classificação de Relevo, em novembro de 2019, no Rio de Janeiro. “Como a minha tese de doutorado foi sobre o mapeamento geomorfológico da Ilha do Maranhão, recebi o convite da comissão organizadora e aceitei participar deste trabalho inédito no país”, explicou Quésia.

O trabalho é desenvolvido por equipes: o Comitê Executivo Nacional (CEN), os Grupos de Trabalho Direcionado (GTDs) e os Núcleos Locais Colaborativos (NLCs). Cada um com suas funções específicas. São cerca de 70 pesquisadores de todo o país, garantindo assim, uma ampla participação.

A professora finaliza: “discutimos bastante sobre o primeiro e o segundo nível taxonômico do relevo do Brasil. Estamos na fase de revisão do mapa preliminar e iniciando a escrita do texto relacionado e provavelmente publicaremos, pelo IBGE, um documento sobre isso no próximo ano. Creio que a partir deste trabalho e dos documentos publicados sobre ele, as pesquisas e mapas elaborados no Brasil seguirão uma padronização; dados poderão ser comparados entre diferentes áreas, e mapas de áreas contíguas poderão ser articulados entre si”.

A ideia é que cada workshop origine um documento, atualizando o anterior, gerando ao final um Relatório Técnico publicado pelo IBGE e disponível no site do instituto. A segunda edição do evento aconteceu neste ano, de 28 de fevereiro a 03 de março.

Por: Paula Lima

Leptospirose-2Um importante estudo desenvolvido no Hospital Veterinário da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) atesta a incidência de Cães e Gatos contaminados por Leptospirose, principalmente nos períodos chuvosos, na Ilha de São Luís.

O estudo, que tem a coordenação da professora Lenka de Morais Lacerda, do departamento de Patologia, do Curso de Medicina Veterinária da UEMA, conta com a participação do co-autor do projeto, Hamilton Santos, da aluna bolsista, Anny Gabrielly e do aluno voluntário, Marcos Lacerda.

A leptospirose é uma doença infecciosa, com sintomas de mucosas amareladas (icterícia), vômito, febre, urina concentrada, apatia e falta de apetite. É potencialmente grave, causada por uma bactéria chamada Leptospira. Embora seja considerada uma zoonose, ou seja, uma doença de animais, essa infecção afeta também o homem, que se contamina, sobretudo, por meio do contato com a urina ou sangue de animais infectados.

Leptospirose-3Conforme explica a professora Lenka, a pesquisa faz parte de um estudo de rotina clínica do HVU da UEMA. “A orientação é que os proprietários   busquem um médico veterinário capacitado para o diagnóstico e o tratamento que o animal precisa. Além disso, devem estar atentos para as recomendações, principalmente com relação aos cuidados e condições sanitárias do meio ambiente em que vivem esses animais”, esclarece.

Na visão da aluna Anny Gabrielly, o importante nesse trabalho é conscientizar o tutor de que o animal afetado precisa de atenção e tratamento de forma correta. “A doença é uma zoonose, uma patologia que pode ser passada para o ser humano”, afirma a estudante do 7º período de veterinária.

Os roedores são os portadores definitivos, infectam-se, mas não desenvolvem a doença e tornam-se disseminadores da bactéria no meio ambiente, através da urina, contaminando o solo e alimentos, atuando como fonte imediata de infecção.

Por: Alcindo Barros 

instagram: @uema.ppg

CAPA-ANTENA-pesquisaPPGUniversidade Estadual do Maranhão (UEMA), realizou a reestreia do programa Uema Pesquisa, com o intuito de compartilhar os estudos, bem como seus resultados, que têm sido desenvolvidos dentro da universidade. O primeiro episódio desta primeira temporada destaca uma pesquisa da Uema sobre antenas bioinspiradas, que foi publicada em uma revista científica internacional.

Eduarda Froes dos Santos, graduada em matemática pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), junto com seu orientador Paulo Fernandes da Silva Júnior, docente do curso de Engenharia da Computação da UEMA, conquistaram o reconhecimento internacional ao terem um artigo de pós graduação divulgado na revista Scientific reports.

Essa revista é uma das cinco maiores revistas científicas do mundo com o projeto “Desenvolvimento de uma antena monopolo direcional bioinspirada em folha elíptica com cortes de acordo com o número de ouro para a aplicações WLAN e 4G”. O estudo é voltado para o desenvolvimento de um antena bioinspirada em formato de plantas.

Assista: https://www.youtube.com/watch?v=EfeR23Fqk08&t=5s