Inovação e inclusão: Uema Campus Caxias produz materiais acessíveis para o ensino de Física


Por em 18 de setembro de 2025



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A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio do Curso de Física do Campus Caxias, está desenvolvendo um projeto inovador voltado à educação inclusiva. Coordenado pelo professor Dr. João Alberto Santos Porto, o trabalho tem como objetivo produzir recursos didáticos acessíveis para auxiliar estudantes com necessidades especiais no processo de ensino e aprendizagem.

O projeto  intitulado “Educação Inclusiva: estudar e elaborar recursos didáticos pedagógicos para o ensino de Física”, aprovado no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/Uema), aposta no uso de materiais táteis e impressões 3D como apoio ao ensino de Física no Ensino Fundamental e Médio. Dessa forma, estudantes podem compreender conceitos científicos que, muitas vezes, são de difícil assimilação apenas pela via teórica.

A iniciativa propõe a elaboração de recursos táteis e pedagógicos que possibilitam aos alunos com TDAH, hiperatividade, baixa visão ou cegueira total acompanhar de forma mais efetiva as aulas de Física. 

Entre os recursos já produzidos estão modelos tridimensionais de estados físicos da matéria, células animais e vegetais, sistemas de geração de energia, equipamentos de mecânica, eletricidade e magnetismo. Esses materiais foram produzidos a partir de imagens de livros didáticos, transformadas em objetos computacionais e, posteriormente, confeccionados em impressoras 3D, possibilitando que os estudantes explorem os conteúdos por meio do tato.

“Muitos estudantes enfrentavam dificuldades para compreender conteúdos teóricos e práticos, principalmente em atividades de laboratório. Com os materiais táteis, esses alunos conseguem vivenciar e compreender melhor os conceitos científicos”, explica o professor João Alberto.

O público-alvo do projeto são alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, especialmente nas disciplinas de Ciências e Física. O trabalho também tem se expandido para outras áreas, como a Matemática, com a proposta de desenvolvimento de jogos educativos acessíveis.

Segundo o professor João Alberto, a aceitação tem sido bastante positiva. “Estamos tendo retorno de várias escolas e até mesmo das Secretarias de Educação, que já solicitaram treinamentos para produção desses materiais. A ideia é avançar ainda mais, criando um laboratório portátil que possa ser levado até as escolas, ampliando o acesso dos estudantes com necessidades especiais ao conhecimento científico”, destaca.

Além do PIBIC, a iniciativa também se articula com atividades extensionistas e recentemente foi contemplada com aprovação no Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), o que permitirá expandir as ações para mais escolas da rede pública.

Mais do que recursos didáticos, a iniciativa representa um passo importante rumo a uma escola mais inclusiva e democrática, em que cada estudante, independentemente de suas limitações, possa aprender, participar e se desenvolver plenamente.

Por: Karla Álmeida

Fotos: Emanuel Pereira/Campus Caxias 



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