Estudo de professor da Uema chama atenção para os Aterros Sanitários a serem instalados no Maranhão


Por em 23 de maio de 2025



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Com o objetivo de propor cenários sustentáveis para localização otimizada de aterros sanitários no Maranhão, o professor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Moisés dos Santos Rocha realiza, desde 2021, junto aos acadêmicos do curso de Engenharia de Produção, um estudo com o tema “Otimização da Localização de Aterros Sanitários nas Microrregiões de Saneamento do Maranhão”.

 A pesquisa, que envolve um contexto amplo no sentido acadêmico e social, já consegue mostrar importantes resultados, quanto às consequências da destinação correta dos resíduos sólidos urbanos, que deve ocorrer de modo sustentável, visto que estão sendo aplicadas técnicas sofisticadas de otimização com metodologias próprias para resolver problemas que envolvem diretamente a sociedade.

O estudo sugere que a destinação inadequada desses resíduos constitui um desafio global que afeta o meio ambiente e a saúde pública. A análise incluiu dados sobre geração de resíduos, infraestrutura viária e restrições ambientais. A metodologia aplicada foi dividida em etapas que abrangeram revisão bibliográfica, levantamento de dados, modelagem computacional e análise de soluções. Os resultados indicam a viabilidade de aterros para cenários estrategicamente localizados, reduzindo custos logísticos e impactos ambientais.

O professor Moisés informa que a situação, é, de certa forma, preocupante no Maranhão, onde a falta de instalações adequadas para o descarte de resíduos sólidos tem gerado impactos negativos no meio ambiente, na saúde pública e na qualidade de vida das comunidades locais, além de possuir restrição de áreas recomendadas para instalação de aterros sanitários. “A inexistência desses espaços sanitários e a ausência de políticas eficazes de gestão de resíduos têm contribuído para a contaminação do solo, dos recursos hídricos e do ar, bem como para aumentar o risco de proliferação de doenças e agravar os problemas sociais e econômicos da região”, destaca.

Segundo aponta o pesquisador, a utilização de modelos de otimização para estabelecer locais estratégicos para implantar aterros sanitários, quando há escassez de áreas apropriadas para a sua instalação, como ocorre no Maranhão, pode contribuir com a viabilidade da instalação dessas facilidades contemplando a redução de custos logísticos e possibilitando a formação de consórcios municipais para tratar desse tema tão sensível para a sociedade. Ele ressalta que o aterro sanitário deve ser construído longe de centros urbanos, evitando com isso, o contato com a população, em virtude, principalmente, do odor causado ao ambiente.

Usando uma linha de pensamento da ECO 92, o documento que está sendo preparado pela equipe de pesquisadores, mostra que a destinação final dos resíduos sólidos tornou-se um problema social, ambiental e de saúde pública, mas propostas estão sendo desenvolvidas, visando o manejo de desenvolvimento sustentável para o gerenciamento de lixo em algumas regiões do Maranhão.

Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, 65% dos municípios maranhenses têm como destinação final dos resíduos sólidos, os lixões, 4% em aterros sanitários e 3% em aterros controlados, os demais municípios não possuem informações sobre a destinação final do lixo.

Segundo relata a aluna do curso de Engenharia de Produção, Natiene Marinho, bolsista de iniciação científica da Uema, a pesquisa está concentrada nas regiões norte e noroeste do Maranhão, analisando dados populacionais, localização dos municípios e áreas com potencial para instalação de aterros que possam atender aos municípios dessa região de forma eficiente. “Tenho aprendido bastante com essa experiência e espero que os resultados contribuam para a melhoria das condições ambientais e da qualidade de vida da população maranhense”, disse.

Participam da pesquisa

Os alunos do curso de Engenharia de Produção da Uema e Bolsistas de Iniciação Científica, Maria Eduarda da Cruz Silva; Bruna Letícia da Cruz Lima; Lunna Kalinda Sousa Santos; Natiene Marinho Nunes; e Cláudio Alves de Azevedo Júnior – acadêmico do curso Superior de Tecnologia em Logística (Profitec-Campus Santa Inês) e a professora e pesquisadora Rossane Cardoso Carvalho.

Por Alcindo Barros



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