Projeto de Pesquisa da Uema em parceria com universidades brasileiras pode melhorar a vida de comunidades no Maranhão e no Pará
Por Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação em 13 de setembro de 2023

Com o apoio de alunos da graduação, da pós-graduação e técnicos do LABEX, o professor Itaan relata que os estudos, que estão baseados no Edital Amazônia +10, está relacionado a uma metodologia chamada Cesta de Bens e Serviços Territoriais – CBST, cuja fundamentação é identificar nas comunidades tradicionais e nos assentamentos de reforma agrária do Maranhão, em especial nos territórios dos Campos e Lagos, aquelas atividades que são desenvolvidas historicamente pelos agricultores, pescadores, quebradeiras de coco, ribeirinhos, indígenas e por quilombolas, com grandes potenciais para o empreendedorismo, retorno econômico, social e ambiental, mas que ao longo da história não tiveram êxitos por falta de apoio.
“Nossa ideia com a pesquisa é identificar essas atividades dentro desses municípios e apontar qual delas tem maior potencial de se transformar em ativo. Após isso, vamos sistematizar as informações e trabalhar com os projetos para disponibilizá-los ao poder público e privado, que farão a transformação dos produtos em potenciais negócios rentáveis, bem como investimentos em políticas de desenvolvimento e capacitação dos agentes locais”, disse Itaan.
Na opinião do professor, o projeto reforçará uma rede de cooperação entre pesquisadores, estudantes e atores territoriais do Pará, do Maranhão, de Santa Catarina e do Paraná, além de estabelecer uma importante parceria internacional com organismos franceses. “Essa cooperação se dará por meio das seguintes etapas metodológicas: alinhamento teórico, co-construção de instrumentos metodológicos, diagnóstico, visitas técnicas, edificação de comunidades de prática; e análise de dados e elaboração do plano de divulgação científica”, relata o pesquisador.
Como resultado, o professor aponta, ainda, que os estudos almejam aprimorar o enfoque teórico-metodológico da CBST, considerando as condições socioeconômicas da Amazônia, inventariar produtos e serviços territoriais específicos e atores envolvidos na governança territorial no Pará e no Maranhão, analisar legislações que normatizam as agroindústrias familiares e o turismo rural, promover intercâmbios técnico-científicos entre pesquisadores, associações civis, empresas privadas e órgãos públicos e organizar uma Escola de Verão e das Águas para formação de agentes de desenvolvimento rural baseada na abordagem da CBST.
Ele conclui informando que ao longo do projeto haverá a elaboração de 5 dissertações de mestrado, 3 teses de doutorado e 8 trabalhos de conclusão de curso de graduação, além de sete apresentações de trabalhos em eventos científicos, seis artigos submetidos em periódicos qualificados nacionais e internacionais e um livro.
Por: Alcindo Barros